a oriente, a fábrica braço de prata

Uma velha fábrica de armamento converteu-se num espaço cultural numa zona adiada de Lisboa. Lembro-me de ir para esta zona enfiando o meu carro num pântano de lama e pedra, ladeado pela antiga refinaria, fabricas desmanteladas, pesado lixo urbano, e um porto esquecido com vista para o mar de palha e outra banda. Toda a beleza da zona sul se perdia visto deste sítio tão feio. Um professor de filosofia, Nuno Nabais, idealizou este espaço e ele próprio (com a ajuda do irmão, importante engenheiro de uma empresa de construção e muito mais coisas e peripécias que, se quiserem saber, podem pesquisar na net) e mais alguns colegas livreiros, espremidos pelo crescimento e necessidades imobiliárias do bairro alto e baixa lisboeta, foram empurrados para este espaço, onde ninguém acreditaria que os livros e consequentemente este espaço transversal e especialmente democrático de cultura iria substituir com êxito o cheiro da pólvora que por muitos anos foi guardado nestas paredes.
Aqui se vê teatro, cinema e ouve-se música de portas abertas ou em portas por abrir. É uma caixa de surpresas. Andar pelos corredores a ver quadros, garrafas de vinhos expostas, pessoas sentadas a conversar, entrar numa sala preferida de música á escolha – DJ, Jazz, música alternativa, ouvir “artistas residentes” ou de passagem. Se não gostarmos de nada o que é difícil, podemos beber um vinho ou outra bebida de escolha, ou simplesmente mergulhar num mar de livros e de discos vinil. Eu acabei sentado neste bar, rodeado de amigos e discos vinil e ao som de boa música, onde, escutando a selecção musical do meu amigo DJ Dean James (Vítor) e na companhia de gente muito especial, passei uma bela noite.
Meus amigos. Não é nada de outro mundo, mas é bom sentirmo-nos em Lisboa como em qualquer outra parte de mundo:)

Obrigado por este momento à Paula, Vitor, Bé, Nica, Alex, Bela, Maria, Celso, John, Marta e muitos outros. 
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